Para memorizar as posições no contrabaixo e não ficar “perdido” quando estiver tocando, é importante que o contrabaixista esteja sempre “consciente” da nota que está tocando, chamando a fofa pelo nome (dó-ré-mi, etc.).

No calor da empolgação, ele pode estar se esquecendo de pensar na nota que está tocando, ou o que é pior, pode se esquecer de vez do nome dela ou mesmo trocar o nome da coitadinha… Aí, nenhum traste salva, muito embora eu ache que traste nenhum tenha condições de salvar alguém…

Sem esse condicionamento, o baixista pode fazer todos os exercícios do mundo, mas não fixará posições porque, se ele não sabe o nome de uma nota, como decorará as doze notas de cada posição? Se ele usar um contrabaixo de cinco cordas, esse número passa para quinze, e se o dedilhado usado for o de quatro dedos, o número vai para dezesseis ou vinte notas…

Outra coisita: é importante estudar as paralelas.
Parece monótono, mas dá para fazer o maior “jazz” do estudo!

a) Pegue uma posição na 1ª corda (sol), toque todas as notas dela num desenho descendente e vá passando para as outras cordas;
b) Depois faça o desenho ascendente na 1ª corda (sol) e passe para as outras cordas;

c) Intercale: desenho descendente na 1ª corda, ascendente na 2ª, descendente na 3ª e ascendente na 4ª, ou vice-versa;

d) Coloque todos os dedos na 1ª corda e repita isso em cada uma das outras cordas.
Tire um dos dedos (1ª corda) e repita isso em cada uma das outras cordas.
Tira o outro dedo (1ª corda) e repita isso em cada uma das outras cordas, etc.
Faça esse exercício também com desenho ascendente;
e) Faça desenhos com um dedo em cada corda, ou seja, intervalos de terças e quintas, sempre começando com um dedo na 1ª corda e o(s) outro(s) na 2ª corda, repetindo esse intervalo nas outras cordas.

O importante nesse estudo é saber TODOS os nomes das notas que estão sendo tocadas.

Daí, é só avançar uma posição por dia de estudo, totalizando duas posições por dia.
Fique nessas duas posições por uns dois ou três dias ou mesmo durante uma semana.

Agora que você já tem alguma intimidade com as notas e já sabe o nome de todas elas, aproveite esse tempo para conhecer melhor as posições: faça escalas e intervalos variados dentro de uma mesma posição, e depois escalas em uma só corda, mas não vá se empolgar com a variedade de notas e sair chamando urubu de meu louro, certo?

Faça um esforço para tocar com o dedo 4 e saber também que nota está debaixo dos outros dedos. A fase de namorar e casar com uma nota só já passou, você já se separou dela e agora está “ficando” com várias notas para conhecer as tais posições. Lembre-se que estudar uma “posição” não quer dizer estudar “dedo”. Posição = dedo no plural…

Se você conseguir fazer esses exercícios até a metade do braço, já estará de bom tamanho.

Mais para frente, sugiro que você comece a pensar na nota que quer tocar, antes de tocá-la, não só no nome – nessa fase você já aprendeu que com nota a gente até brinca, mas não pode esquecer o nome – e sim no som dela.

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