O primeiro contrabaixista de uma orquestra é o chefe de naipe dos contrabaixos.
Função: manter a ordem no naipe; marcar as arcadas; eventualmente escolher um dedilhado padrão para algum trecho orquestral; definir o revezamento de contrabaixistas, as folgas e as reduções (quando a peça executada terá um pequeno número de contrabaixistas ou um número menor que o contingente de contrabaixistas do naipe); contar todos os compassos de pausa; liderar musicalmente o naipe, conduzindo todas as entradas do mesmo; servir de referência para os outros contrabaixistas tocando, se possível, um pouco mais forte.
Em orquestras profissionais, o cargo de primeiro contrabaixista é usualmente conquistado mediante concurso, mas pode ser também por indicação do maestro, e tem um percentual a mais no salário.
Em orquestras amadoras, usualmente esse cargo é conquistado por indicação do maestro, mas pode ser conseguido também mediante um consenso entre os contrabaixistas do naipe que podem optar tanto pelo contrabaixista que toca melhor, como por um revezamento de chefes de naipe ou pelo contrabaixista com mais experiência.
O concertino é o contrabaixista que senta ao lado do primeiro contrabaixista na 1ª estante. O cargo também é conquistado da mesma forma que o de primeiro contrabaixista, e também tem uma remuneração extra, porém em menor proporção.
Uma orquestra sinfônica pode ter de cinco a dez contrabaixistas, mas o mais usual são oito contrabaixistas.
Um naipe de contrabaixo de uma orquestra sinfônica pode ter até dois chefes de naipe, que se revezam, e até dois concertinos, que também se revezam.
Na orquestra, há uma hierarquia que é sempre respeitada: no topo da pirâmide, o maestro. Logo abaixo vem o spalla da orquestra, seguido dos chefes de naipes, dos concertinos e na base da pirâmide fica o tutti orquestral.
Na orquestra, como em qualquer tipo de trabalho, deveria haver sempre uma ética a ser seguida e respeitada, mas muitos dos cargos, principalmente os preenchidos sem concurso, são cargos musicais e ao mesmo tempo políticos.
Nem sempre o maestro é competente ou educado, nem sempre o spalla sabe se colocar do lado da orquestra em impasses profissionais, e nem sempre o chefe de naipe é o melhor e/ ou o mais eficiente músico do seu naipe, assim como nem sempre sabe representar ou defender os seus colegas ou ser honesto com eles nas conversas secretas de camarim com o maestro e/ ou com a administração da orquestra.
Mas isso o público não precisa saber e a música deve continuar…

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