Inicialmente, achei essas dicas num post do blog Violoncelos de Maceió.
Aí, fui atrás da postagem original, e acabei no blog https://violoncelo-mrmilk.blogspot.com.
Nele, o professor de violoncelo Clodoaldo Leite Júnior escreve sobre dicas de vários professores de violoncelo.
Como já disse em outro post nós, contrabaixistas e violoncelistas, somos primos.
Por que não aproveitarmos o parentesco para alguma coisa bem mais útil do que os famosos problemas de família, não é?
Aqui vai a cópia do texto, escrito 30 de agosto de 2007 :
Dicas (vários professores)
COMPILAÇÃO DE DICAS DE PROFESSORES DE VIOLONCELO

Você deve ter força e flexibilidade, força elástica (ou similar a uma mola).

Toque harmônicos com mais força quando no meio de uma passagem de modo que o som fica homogêneo.

Sempre pare e analise por que você está cometendo erros – não continue a tocar e seguir em frente como se nada tivesse acontecido.

Quando comecei a me preocupar com a divisão do arco me tornei um melhor instrumentista quase que imediatamente.

Ótimo exercício para controle do arco: arco extremamente lento perto do cavalete.

Crescendo é também criado por aumento da intensidade do vibrato, não só com o arco.Estudar escalas lentamente.
Acumulamos camadas de tensão sem termos consciência disso. O corpo se ajusta como um mecanismo protetor para prevenir danos, os quais podem se somar a um monte de hábitos pouco saudáveis.

A causa primária da dor: movimento repetitivo e uso demasiado. Vibrato é um caso clássico de movimento repetitivo.

Nosso corpo é como uma balança, ele procura se equilibrar. Não vá contra esta tendência natural.

Apertar não é saudável e deve ser transformada nas ações (mais naturais) de puxar e suspender.

O teste da respiração: comparar a habilidade de respirar e posições diferentes, este é um grande indicador de quando estamos tocando em posições mais naturais.

Sentar-se: um ângulo de 60 graus entre suas coxas e um eixo vertical seria o desejado. Posição dos pés: coloque-os em frente dos joelhos, não enrolados debaixo da cadeira: você perceberá que seu braço parece mais leve quando você faz isso.

Arcos para baixo são ajudados “manobrando” com o pé direito; arcos para cima, “manobrando’ com o pé esquerdo.

Alavanca: ações similares às de uma alavanca acontecem mais facilmente se você tem uma base firme (pés separados na frente dos joelhos, os quais estão num ângulo de 60 graus em relação à vertical) e também se o violoncelo é segurado um pouco distante da linha central de seu corpo.

Colocação do instrumento: a idéia de segurar o violoncelo bem contra o “centro’ do corpo vem dos dias dos espigões antigos. Alinhe o violoncelo com o lado esquerdo do corpo, mantendo-o longe do pescoço e ombro. Isto “abrirá” o braço esquerdo (uma boa coisa).

Nosso corpo naturalmente se move em movimentos sinuosos. A mão direita naturalmente se move no sentido anti-horário. O arco deveria viajar numa figura de um 8.

Sente-se com a coluna reta.

O arco não precisa necessariamente viajar paralelo ao cavalete para um bom som. Pode ser mais natural um pequeno desvio – talão mais baixo que a ponta (arco para baixo); talão mais alto (arco para cima).

Notas longas (arcos longos) são difíceis porque o corpo pára de se mover; mantenha o corpo em movimento sempre. Imobilidade causa tensão.

O polegar esquerdo não precisa estar sempre atrás do segundo dedo. Deixe-o ficar onde ele “quer”, dependendo da passagem a ser tocada. Solte o polegar quando tocar passagens rápidas.

O quarto dedo só é fraco por causa da posição “standard” da mão. “Role” sua mão à medida cada dedo toca, de modo que o peso seja transferido para cada dedo. Sempre procure escutar o que você toca do ponto de vista musical. Incline o arco para ter mais crina em contato com a corda.

É necessário ouvir a música “na cabeça” antes de começar a buscar soluções do ponto de vista musical.

Pensar que você está tocando para a última fileira de cadeiras de um teatro para que a sua intensidade se desenvolva. Colocar o arco na corda antes para começos bem definidos. Estude passagens rápidas num tempo mais relaxado.

Use o peso (relaxado) do corpo para criar pressão, nunca “esprema”.

Existem três tipos básicos de posições dos dedos: as posições de 4 dedos (semitons entre os dedos), as posições de 3 dedos (quinta até sétima posição), e as posições de capotasto. Ao todo são oito “posições de 4 dedos”, quarto de “3 dedos” e 32 de capotasto.Starker acha que as mudanças de posição devem realmente serem pensadas: posição para posição, não de dedo para dedo. Devemos decidir qual dedo lidera a mudança e também em qual direção do arco acontecerá a mudança. Há dois tipos de conexão entre as posições, a conexão “antecipada” e a conexão “atrasada”. Na conexão “antecipada, tomamos tempo da primeira nota, chegando na nota seguinte, o glissando acontecendo no arco prévio. Na conexão “atrasada”, tempo é tomado da próxima pulsação, com a saída começando no próximo arco. Na mudança de posição de 2 ações, o cotovelo “mergulha”. O movimento do braço deve se encaixar no tempo da música. A mudança de uma ação produz um som de vogal, mais suave; a mudança envolvendo duas ações já produz um som de consoante, mais percussivo e abrupto.A melhor maneira de estudar é pensar e planejar o que você vai fazer.

Sempre tocar com movimentos sinuosos (curvas), isto é, mantenha os polegares curvados.

Mudanças de arco: o braço deve antecipar o próximo arco e a próxima corda.

Extensões: use somente se são realmente necessárias. Relaxe imediatamente a mão após a extensão. Quando mudando para a posição de capotasto, pensar que está mudando o polegar, não o dedo que está tocando. Capotasto: a força da mão esquerda vem do polegar, primeiro e terceiro dedos.

A palavra mais importante em música é o “e”, o contratempo. Em outras palavras, sempre toque ritmicamente correto e não corte o valor das notas.

Pressione o instrumento no joelho esquerdo para manter a pressão do arco na ponta..

Na posição de capotasto, toque com o polegar EMBAIXO do espelho. Quando ele está sobre as cordas, apesar de sentirmos mais segurança, o som sofre com a perda de harmônicos e temos menos liberdade de movimento da mão para o vibrato.

Toque para o maior número de pessoas possível para ficar menos
nervoso(a). Toque no maior número de oportunidades possível par que você possa aprender a se comunicar com o público.

Teça alguns comentários sobre as peças que você irá tocar, assim o público poderá seguir melhor.

Você não precisa tocar por duas horas seguidas, concertos nunca são pequenos demais.O poder da imaginação é mais importante que seu volume. Não tente tocar mais forte do que a orquestra nem “vencer” a acústica de uma sala.

Empurre e puxe som com o arco. Não pressione.Ponha ênfase na nota anterior à mudança de posição ou antes de mudanças de corda que pulam uma corda.

Você deve começar de um lugar sólido, não instável, para poder passar para a outra nota com confiança e exatidão. Observe um gato, ele agacha para testar seu apoio antes de pular. Estude arcadas no ar enquanto dedilha as notas. Isto ajudará a eliminar hábitos bizarros no movimento do arco. Cante a música antes de tocá-la no violoncelo.

Tocar cello: os dedos são os lábios e o arco a respiração.A dinâmica “piano” não significa “inibido”.

Os dedos da mão direita também são usados para a articulação.Pressão na ponta é realizada através da pronação do braço, não apertando ou suspendendo o pulso.

Mudança de corda: empurrar o braço para a frente ou para a trás horizontalmente, sem levantar o braço.Não levantar os ombros.

(dicas colecionadas por um freqüentador assíduo de masterclasses)

quem disse as coisas acima:
FRITZ MAGG (Professor Emeritus from Indiana University)

VICTOR SAZER (author of “New Directions in Cello Playing”)
ZARA NELSOVA (world renowned soloist)
JANOS STARKER (world renowned soloist)
LARRY LESSER (President of New England Conservatory)
ELEONORE SCHOENFELD (Professor at USC)
RON LEONARD (LA Philharmonic Principal Cellist andProfessor at USC)tradução: Clodoaldo 2002″

Para ler o texto original, clique aqui
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