Postagens de setembro, 2011


  • Para instrumentistas de todas as idades que estudam pelo Método Suzuki;
  • Para instrumentistas que queiram conhecer o Método Suzuki.

Cursos: violino, viola, violoncelo, contrabaixo (“se tiver no mínimo 3 alunos, teremos professor”), piano, flautas doce e transversa, canto, violão, pianista acompanhador, orquestra, masterclassespara alunos adiantados e oficinas para acompanhantes.

Inscrições: até dia 31de outubro de 2011, segunda-feira.

Para maiores informações, clique aqui

 Alguns posts atrás, escrevi que achei na Internet uns vídeos do contrabaixista português Joel Azevedo e de crianças contrabaixistas, alunas dele.

Pois é, hoje constatei mais uma vez que muito pouco sei sobre nossos colegas contrabaixistas d’além mar…
Vejam só esse outro vídeo, em que ele toca o Grande Allegro di Concerto alla Mendelssohn, de Bottesini:



[youtube https://www.youtube.com/watch?v=BjIxw_r846k]

Aqui vai um texto, postado no blog https://desabafosagridoces.blogs.sapo.pt, por Sara, no dia 17 de setembro de 2010.
Nele, o assunto é o livro “O Contrabaixo”, de Patrick Süskind.
Este livro é leitura recomendada a todos, e mais que recomendada a todos os contrabaixistas…

O grande ator paulista Antonio Abujamra encenou o monólogo em São Paulo e no Rio de Janeiro, e isso lhe rendeu o prêmio de melhor ator, em 1987. (fonte: https://www.tvcultura.com.br)
Essa peça teve a direção de Clarisse Abujamra, sua sobrinha.

Como uma contrabaixista normal, viciada em assuntos contrabaixísticos, li o livro, assisti a peça três vezes com ele, e adorei!

Aqui vai o texto da Sara:

“Patrick Süskind é conhecido pelo seu livro “Perfume – A História de um Assassino” posteriormente adaptado ao cinema. Tal foi o sucesso (foram vendidos 15 milhões de exemplares em quarenta línguas) que acabou por abafar outras obras, entre as quais O Contrabaixo, escrito em 1981. Foi por isso com alguma curiosidade que o li. E gostei muito.
O protagonista é um contrabaixista da orquestra nacional de Viena que nos vai falando da sua vida: da relação amor- ódio que tem com o contrabaixo (“parece uma velha gorda. As ancas muito descaídas, a cintura perfeitamente fora do sítio, moldada muito acima e muito estreita (…) ombros estreitos, raquíticos e pendentes…um desgosto!”); do seu lugar na orquestra, que é essencial mas passa sempre despercebido, das invejas e do seu amor secreto por uma meio-soprano.  
Süskind tem uma característica que consiste em centrar-se na mente da personagem, escavando o seu interior e mostrando-nos os seus meandros tortuosos: as suas psicoses, as suas contradições…esta construção interior, dispensa o exterior. Em Perfume, tal característica é visível na parte em que Grenouille se esconde na caverna e durante sete anos vive unicamente “no reino da sua alma”. Em O Contrabaixo passa-se o mesmo:  o autor centra-se exclusivamente na personagem da qual não sabemos o nome, apenas que tem 35 anos, e que se encontra no seu quarto à prova de som.
As informações sobre o exterior são dadas pelas didascálias que precedem os momentos de monólogo. São de grande importância pois conferirem ritmo ao texto. A peça inicia-se com a segunda sinfonia de Brahms e termina com o 1º andamento do quinteto das trutas de Schubert (piano, violino, viola, cello e contrabaixo). Aqui é a audição quem tem o lugar de honra. Até porque ao desfiar as suas amargas memórias o contrabaixista levamos também a conhecer a História do seu instrumento e da música clássica em geral (fruto da própria experiência do autor). Sendo uma leiga na matéria, achei fascinante. É curioso saber, por exemplo, que os maestros só apareceram no seculo XIX e que Mozart partia pianos (já desconfiava…). Há também uma ponta de crítica aqui e ali aos compositores e à própria sociedade.   
Um livro divertidamente ácido!”

Aqui vai um vídeo de uma entrevista do Antonio Abujamra para o programa Metrópolis, da TV Cultura, em que ele fala da sua trajetória como ator e diretor, da peça “O Contrabaixo” e do programa “Provocações”:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=qU1zZYYwteg]

Evento postado no site www.vivamusica.com.br

Orquestra Jovem do Estado de São Paulo
Solista: Gabriel De Donnocontrabaixo
Regente: João Maurício Galindo
Programa: Domenico Dragonetti – Concerto em Som M para contrabaixo e orquestra
                Tchaikowsky- Sinfonia nº6 em si menor, Op 74, “Patética”
   
Data: 11 de setembro de 2011- domingo
Horário: 11h  (Série “Concertos Matinais”)
Local: Sala São Paulo
Endereço: Pça Júlio Prestes s/n – Luz
Tel: (11) 3367-9500
Entrada franca

Achei um artigo maravilhoso sobre o também maravilhoso grupo Bassiona Amorosa no site https://www.entreculturas.com.br, postado por Luigi Rotelli.

Além das fotos e do texto, há dez vídeos do grupo.
Vale a pena dar uma passadinha contrabaixística por lá!

Aqui vai um trecho para vocês se inspirarem:

“O grupo nasceu em 1996, como um quarteto feminino. O nome Bassiona Amorosa vem de uma mistura de “Bass” (Contrabaixo em inglês é Double Bass) com “Passione Amorosa”, a charmosa obra de Giovanni Botesini feita para dois contrabaixos. Uma justificada homenagem a Botesini, um virtuoso do século XIX considerado o Paganini do contrabaixo e o principal compositor de concertos solos para o instrumento.
De lá para cá, os integrantes mudaram, agora são todos homens (Roman Patkoló, Artem Chirkov, Jan Jirmasek, Ljubinko Lasik, Giorgi Makhoshvili e Andrew Lee) mas sob a mesma direção de Klaus Trumpf, quem faz a maioria das transcrições e adaptações para o grupo. O timbre agradável e o tom grave dos contrabaixos, combinados ao virtuosismo de seus integrantes, produz um som refinado e surpreendente.
O ensemble não tem forma rígida. Era um quarteto, mas recentemente se tornou um sexteto e conforme a música eles se apresentam como dois ou apenas um contrabaixo solo, geralmente acompanhado por piano. Os vídeos que consegui são da época de quarteto.
Em 15 anos de história e com um repertório que vai do barroco ao período clássico, música contemporânea e arranjos de música popular, Bassiona Amorosa já fez mais de 500 concertos ao redor do mundo, tem 14 CDs gravados e 1 DVD prestes a ser lançado: uma medida de sua empatia com o público europeu principalmente (uma lástima CDs e DVDs como esses nunca chegarem ao Brasil – nosso subdesenvolvimento musical se expressa somente em pagode, axé e sertanejo universitário, aarrghh!).”

E aqui vai um dos vídeos postado no artigo (Outono, de Vivaldi):

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=CcnRCi3DhGM]

Acabo de achar na Internet este link, com vídeo de crianças contrabaixistas, todas alunas do contrabaixista português Joel Azevedo, que também toca o Koussevitzky com a Orquestra do Conservatório de Música de Fornos.

contrabaixista Joel Azevedo e alunos

Clicando neste link há vários vídeos de apresentações contrabaixísticas do professor:
contrabaixista Joel Azevedo

Aqui vai um dos vídeos com ele, tocando a Carmen Fantasy, de Proto (Preludio e Aragonaise):

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=-KCuK3w7Oeg]

 Texto extraído do site https://www.orm.com.br/amazoniajornal, de Filipe Faraon


Presas do CRF substituem o ócio pelas aulas de violão 
Aulas de música ajudam presas a se ressocializar no Centro de Recuperação Feminino (CRF), presídio para mulheres localizado em Ananindeua. Pelo projeto, chamado Sala de Cordas, mulheres condenadas à prisão apresentaram duas músicas no 24º Festival Internacional de Música do Pará, no dia 21 de agosto. Basta participar das aulas de violão para ter diminuída a pena. E mesmo assim ainda há mulheres que preferem o ócio.
É unânime a opinião de que detentas que estudam ou trabalham passam a ter melhor comportamento dentro da cadeia. E melhor, multiplicam a possibilidade de não repetir o crime quando voltarem à liberdade. Também é ponto comum afirmar que só deixa de estudar na prisão quem quer.
A ideia do violonista e compositor Gil Barata, funcionário da Superintendência do Sistema Penal (Susipe), de dar aulas de música é apenas mais uma opção de atividade educativa para as detentas do CRF.
“Isso com a vantagem de trabalhar com a música, que por si só é terapêutica, ajuda o ser humano a crescer”, argumenta o professor.
Sua ideia foi acatada pela direção da Susipe em 2008 e, com violões emprestados da Fundação Tancredo Neves, começou com um grupo de mais ou menos 20 mulheres, das quais apenas três tinham alguma noção sobre o instrumento.
Com a troca de governo, no início deste ano, os instrumentos tiveram que ser devolvidos e a superintendência comprou 10 violões para o projeto Sala de Cordas. Só que o processo demorou alguns meses, período em que as aulas ficaram suspensas.
Gil Barata, junto com o músico contrabaixista Iran Tchackal, chegaram a lecionar para 48 internas do CRF. Hoje, com a volta do projeto, há seis meses, existem 30 alunas aprendendo os primeiros acordes. Nove das que conseguiram habilidade mais rápido de execução do violão foram escolhidas para representar o presídio no 24º Festival Internacional de Música do Pará, no dia 21 de agosto, na praça da República. Elas apresentaram duas músicas, acompanhadas de uma percussionista, 10 vozes do coral e duas dançarinas. O convite partiu da Fundação Carlos Gomes, organizadora do festival, para que as detentas mostrassem o que haviam aprendido até então.
O projeto Sala de Cordas já funcionou em outras duas casas penais do Estado: no Hospital Penitenciário de Americano, em Santa Izabel, e no Centro de Detenção Provisório de Icoaraci. Hoje, está apenas no CRF, mas a ideia da Susipe é voltar a expandir para outros locais. Segundo o superintendente da Fundação Carlos Gomes, Paulo José Campos de Melo, a instituição deve fazer outras parcerias com a Susipe, entre elas a que prevê a instalação de uma pequena manufatura de instrumentos musicais.

TJE deve voltar a ajudar nas aulas do centro

A pequena fábrica deve funcionar no Centro de Recuperação Feminino, em uma ala que está em obras. Uma das salas será usada para a fabricação de violões, enquanto que as outras cinco, com acústica adequada, receberão as aulas não só de violão, mas também de flauta, contrabaixo e percussão, instrumentos que serão comprados ainda neste ano. Atualmente as alunas aprendem em um pátio, de forma improvisada.
O Tribunal de Justiça do Estado (TJE), antigo parceiro do projeto, deve voltar a ajudar nas aulas de instrumento no CRF. Arte-educador do tribunal, Abiezer Monteiro garante que até setembro serão gastos R$ 127 mil para compra de vários instrumentos, entre os quais contrabaixo, flauta, teclado e violões. A ideia, diz Abiezer, é ajudar a expandir o projeto para outros presídios de Belém e do interior do Estado. Até setembro, o TJE também deve custear três bolsas de R$ 600,00 por mês, para pagar mais professores de música.

Foi por meio de parceria com o TJE que surgiram o coral e as aulas de flauta, no ano passado. O coral que se apresentou no festival, no dia 21 de agosto, tem remanescentes desse primeiro grupo. “A gente entende que música é importante como forma de escape e conforto para as detentas. Funciona como uma terapia, por isso vale todo o investimento”, afirma o arte-educador. (…)

Acabo de achar na internet um site chamando Desciclopédia – A enciclopédia livre de conteúdo.
Estou passando o link da definição de contrabaixo, para vocês rirem um pouco das abobrinhas contrabaixísticas!

Contrabaixo – Desciclopédia

Achei este ótimo fórum de contrabaixo acústico!
Foro Contrabasso – la comunidad del contrabajo…

Divirtam-se!

Texto publicado no site https://www.dalegria.com, por Rodrigo Montanhaur

 

Vamos falar um pouco sobre esse assunto que é motivo de tanta polêmica no meio acadêmico: é possível, e se possível, é produtivo estudar longe do instrumento?  É possível aprender e memorizar, melhorar técnicas e linhas apenas com o exercício da mente pensando sobre o contrabaixo, naquelas horas em que você precisa estudar uma peça, ou linha, ou mesmo um trabalho para o curso, e simplesmente está há quilômetros do instrumento, em viagens ou compromissos correlatos?

Em minha experiência de cerca de vinte anos como músico, atuando nos mais diversos segmentos e trabalhos, afirmo-lhes categoricamente: é possível sim estudar a distância, estudar longe do instrumento.

Obviamente devemos levar em consideração os métodos e tarefas, que não podem ser executados, uma vez que ainda não foram sequer lidos, e muito menos interpretados.  Mas podemos estar sempre “pensando” sobre o instrumento, exercitando-nos mentalmente e estudando, por exemplo, digitações de escalas por todo o braço do baixo, pensando no braço do baixo de maneira milimétrica, ou seja, em cada casa, e qual nota especificamente ela representa, bem como os modos gregos, fundamentos teóricos já memorizados ou ainda não memorizados, a questão das cadências e de como elas soam.  Estudando linhas de baixo, ouvindo atentamente um bom instrumentista tocar, quer seja ao vivo ou em CD.

Lembro-me de que, muitas vezes, quando estava viajando e alguma turnê ou mesmo em pequenas viagens de trabalho, e em meio a toda aquela rotina de passar som, ensaiar, preparar repertório, dava sempre um jeito de pensar em um exercício mental sobre como conhecer profundamente o braço, as escalas, a intrincada e bela arquitetura dos acordes, as teias densas e compactas, mas ao mesmo tempo belas da improvisação, enfim, as linguagens e multifacetados estilos que o baixista brasileiro deve dominar, se quiser ganhar a vida como músico.  
 

Portanto, meus queridos, quando estiverem viajando a trabalho, sem tempo, ou quando seus filhos e sua rotina de trabalhos e obrigações não os deixarem “namorar” nosso querido instrumento, mantenham-se sempre interessados, construindo linhas, visualizando arpeggios, escalas, frases de slap, notas mortas e todo o nosso maravilhoso repertório contrabaixístico, sem pegarem no instrumento, ou ainda, mesmo se estiverem cansados a ponto de não conseguirem sequer pensar em teorias e técnicas, pensem em seu baixista predileto, naquela frase emocionante ouvida e repetida muitas vezes… deixem a música fluir através de seus ouvidos até chegarem em suas veias, pois o estudo, a aplicação e, sobretudo, a paixão pelo instrumento, começaram em suas mentes e corações, antes de fazerem parte efetivamente de seus dedos.

“CARPE DIEM”

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