Postagens de setembro 11th, 2011


No blog Violoncelos de Maceió também achei um post sobre vibrato, escrito pelo professor de violoncelo Felipe Brandão, em 19/4/2011.
Nele, mais uma vez podemos explorar o nosso inegável e histórico parentesco contrabaixístico-violoncelístico, e ainda pedir emprestado umas dicas para o nosso priminho rico sobre o vibrato, a moeda de ouro dos instrumentistas de cordas…
Copiarei aqui um trecho do artigo:
Vejamos alguns pontos a serem considerados:
·Se o seu Vibrato está começando no seu Pulso (articulação da mão) ou nos Dedos está errado. Vibrar uma corda não é como abrir a maçaneta da porta. Isso causará fadiga nessa região do seu corpo, sem contar que o som não sairá bonito do seu Vibrato, terá uma tensão desapropriada. Não terá um som natural. Esse Vibrato é conhecido como “Vibrato de pulso”, e não é correto. Não utilize;
·O Vibrato verdadeiro tem origem no Ombro. O Ombro deve ser a única parte ativa do movimento, é a articulação operacional. Os dedos, a mão (pulso), o antebraço (cotovelo) tem movimentos naturais ou passivos, ou seja, essas articulações não se movem intencionalmente;
·Para ser mais claro: mantenha a posição do braço como uma placa de sinalização de trânsito “Vire à direita”, mas não levante muito alto o cotovelo. O movimento é como o bater das “Asas da galinha”. Os movimentos devem ser o mais natural possível. Lembre-se sempre que o Ombro é o gerador de todos os movimentos, e de Sustentar a coluna vertebral ereta;
· Você pode começar alisando a corda em toda sua extensão para observar que o movimento ativo realmente começa pelo ombro; logo após vá diminuindo essa extensão até uma nota (recomendo inicialmente a nota Fá na corda Ré, dedo 2) e concentre as dicas anteriores;
· No arco: tente percorrê-lo lentamente, porém o indicador pressionando em supinação; em notas mais longas, deixe-o correr primeiro antes e depois aplique a técnica de Vibrato, ou seja, o Vibrato começa naturalmente pelo arco, após isso é que seu ombro se mexe;
·Somente após se sentir confortável em um estudo você avançará para outro;
·Procure mais informações junto a um professor de Violoncelo;
· Peça para corrigir seus movimentos e postura corporal;
·Estude defronte a um espelho para fazer um exercício de auto-observação.”
  
 Para ler o texto completo, clique aqui
Inicialmente, achei essas dicas num post do blog Violoncelos de Maceió.
Aí, fui atrás da postagem original, e acabei no blog https://violoncelo-mrmilk.blogspot.com.
Nele, o professor de violoncelo Clodoaldo Leite Júnior escreve sobre dicas de vários professores de violoncelo.
Como já disse em outro post nós, contrabaixistas e violoncelistas, somos primos.
Por que não aproveitarmos o parentesco para alguma coisa bem mais útil do que os famosos problemas de família, não é?
Aqui vai a cópia do texto, escrito 30 de agosto de 2007 :
Dicas (vários professores)
COMPILAÇÃO DE DICAS DE PROFESSORES DE VIOLONCELO

Você deve ter força e flexibilidade, força elástica (ou similar a uma mola).

Toque harmônicos com mais força quando no meio de uma passagem de modo que o som fica homogêneo.

Sempre pare e analise por que você está cometendo erros – não continue a tocar e seguir em frente como se nada tivesse acontecido.

Quando comecei a me preocupar com a divisão do arco me tornei um melhor instrumentista quase que imediatamente.

Ótimo exercício para controle do arco: arco extremamente lento perto do cavalete.

Crescendo é também criado por aumento da intensidade do vibrato, não só com o arco.Estudar escalas lentamente.
Acumulamos camadas de tensão sem termos consciência disso. O corpo se ajusta como um mecanismo protetor para prevenir danos, os quais podem se somar a um monte de hábitos pouco saudáveis.

A causa primária da dor: movimento repetitivo e uso demasiado. Vibrato é um caso clássico de movimento repetitivo.

Nosso corpo é como uma balança, ele procura se equilibrar. Não vá contra esta tendência natural.

Apertar não é saudável e deve ser transformada nas ações (mais naturais) de puxar e suspender.

O teste da respiração: comparar a habilidade de respirar e posições diferentes, este é um grande indicador de quando estamos tocando em posições mais naturais.

Sentar-se: um ângulo de 60 graus entre suas coxas e um eixo vertical seria o desejado. Posição dos pés: coloque-os em frente dos joelhos, não enrolados debaixo da cadeira: você perceberá que seu braço parece mais leve quando você faz isso.

Arcos para baixo são ajudados “manobrando” com o pé direito; arcos para cima, “manobrando’ com o pé esquerdo.

Alavanca: ações similares às de uma alavanca acontecem mais facilmente se você tem uma base firme (pés separados na frente dos joelhos, os quais estão num ângulo de 60 graus em relação à vertical) e também se o violoncelo é segurado um pouco distante da linha central de seu corpo.

Colocação do instrumento: a idéia de segurar o violoncelo bem contra o “centro’ do corpo vem dos dias dos espigões antigos. Alinhe o violoncelo com o lado esquerdo do corpo, mantendo-o longe do pescoço e ombro. Isto “abrirá” o braço esquerdo (uma boa coisa).

Nosso corpo naturalmente se move em movimentos sinuosos. A mão direita naturalmente se move no sentido anti-horário. O arco deveria viajar numa figura de um 8.

Sente-se com a coluna reta.

O arco não precisa necessariamente viajar paralelo ao cavalete para um bom som. Pode ser mais natural um pequeno desvio – talão mais baixo que a ponta (arco para baixo); talão mais alto (arco para cima).

Notas longas (arcos longos) são difíceis porque o corpo pára de se mover; mantenha o corpo em movimento sempre. Imobilidade causa tensão.

O polegar esquerdo não precisa estar sempre atrás do segundo dedo. Deixe-o ficar onde ele “quer”, dependendo da passagem a ser tocada. Solte o polegar quando tocar passagens rápidas.

O quarto dedo só é fraco por causa da posição “standard” da mão. “Role” sua mão à medida cada dedo toca, de modo que o peso seja transferido para cada dedo. Sempre procure escutar o que você toca do ponto de vista musical. Incline o arco para ter mais crina em contato com a corda.

É necessário ouvir a música “na cabeça” antes de começar a buscar soluções do ponto de vista musical.

Pensar que você está tocando para a última fileira de cadeiras de um teatro para que a sua intensidade se desenvolva. Colocar o arco na corda antes para começos bem definidos. Estude passagens rápidas num tempo mais relaxado.

Use o peso (relaxado) do corpo para criar pressão, nunca “esprema”.

Existem três tipos básicos de posições dos dedos: as posições de 4 dedos (semitons entre os dedos), as posições de 3 dedos (quinta até sétima posição), e as posições de capotasto. Ao todo são oito “posições de 4 dedos”, quarto de “3 dedos” e 32 de capotasto.Starker acha que as mudanças de posição devem realmente serem pensadas: posição para posição, não de dedo para dedo. Devemos decidir qual dedo lidera a mudança e também em qual direção do arco acontecerá a mudança. Há dois tipos de conexão entre as posições, a conexão “antecipada” e a conexão “atrasada”. Na conexão “antecipada, tomamos tempo da primeira nota, chegando na nota seguinte, o glissando acontecendo no arco prévio. Na conexão “atrasada”, tempo é tomado da próxima pulsação, com a saída começando no próximo arco. Na mudança de posição de 2 ações, o cotovelo “mergulha”. O movimento do braço deve se encaixar no tempo da música. A mudança de uma ação produz um som de vogal, mais suave; a mudança envolvendo duas ações já produz um som de consoante, mais percussivo e abrupto.A melhor maneira de estudar é pensar e planejar o que você vai fazer.

Sempre tocar com movimentos sinuosos (curvas), isto é, mantenha os polegares curvados.

Mudanças de arco: o braço deve antecipar o próximo arco e a próxima corda.

Extensões: use somente se são realmente necessárias. Relaxe imediatamente a mão após a extensão. Quando mudando para a posição de capotasto, pensar que está mudando o polegar, não o dedo que está tocando. Capotasto: a força da mão esquerda vem do polegar, primeiro e terceiro dedos.

A palavra mais importante em música é o “e”, o contratempo. Em outras palavras, sempre toque ritmicamente correto e não corte o valor das notas.

Pressione o instrumento no joelho esquerdo para manter a pressão do arco na ponta..

Na posição de capotasto, toque com o polegar EMBAIXO do espelho. Quando ele está sobre as cordas, apesar de sentirmos mais segurança, o som sofre com a perda de harmônicos e temos menos liberdade de movimento da mão para o vibrato.

Toque para o maior número de pessoas possível para ficar menos
nervoso(a). Toque no maior número de oportunidades possível par que você possa aprender a se comunicar com o público.

Teça alguns comentários sobre as peças que você irá tocar, assim o público poderá seguir melhor.

Você não precisa tocar por duas horas seguidas, concertos nunca são pequenos demais.O poder da imaginação é mais importante que seu volume. Não tente tocar mais forte do que a orquestra nem “vencer” a acústica de uma sala.

Empurre e puxe som com o arco. Não pressione.Ponha ênfase na nota anterior à mudança de posição ou antes de mudanças de corda que pulam uma corda.

Você deve começar de um lugar sólido, não instável, para poder passar para a outra nota com confiança e exatidão. Observe um gato, ele agacha para testar seu apoio antes de pular. Estude arcadas no ar enquanto dedilha as notas. Isto ajudará a eliminar hábitos bizarros no movimento do arco. Cante a música antes de tocá-la no violoncelo.

Tocar cello: os dedos são os lábios e o arco a respiração.A dinâmica “piano” não significa “inibido”.

Os dedos da mão direita também são usados para a articulação.Pressão na ponta é realizada através da pronação do braço, não apertando ou suspendendo o pulso.

Mudança de corda: empurrar o braço para a frente ou para a trás horizontalmente, sem levantar o braço.Não levantar os ombros.

(dicas colecionadas por um freqüentador assíduo de masterclasses)

quem disse as coisas acima:
FRITZ MAGG (Professor Emeritus from Indiana University)

VICTOR SAZER (author of “New Directions in Cello Playing”)
ZARA NELSOVA (world renowned soloist)
JANOS STARKER (world renowned soloist)
LARRY LESSER (President of New England Conservatory)
ELEONORE SCHOENFELD (Professor at USC)
RON LEONARD (LA Philharmonic Principal Cellist andProfessor at USC)tradução: Clodoaldo 2002″

Para ler o texto original, clique aqui

Enfim, um site com partituras contrabaixísticas liberadas oficialmente, e que não comprometem o nosso blog!

https://imslp.org/index.php?title=Category:Scores_featuring_the_double_bass&transclude=Template:Catintro

Força nas orações para São Bottesini, gente!

Que haja sempre uma alma caridosa para nos ajudar, postando mais partituras contrabaixísticas liberadas!

Achei esta dica no blog Violoncelos de Maceió.

Este site tem muitas e muitas partituras liberadas para todos:

https://www.imslp.org/

Aqui é a página com partituras para vários gêneros, instrumentos, arranjos e linguagens musicais:

https://www.imslp.org/wiki/IMSLP:View_Genres

Continuem rezando para sempre haver uma alma caridosa que poste partituras novas nesse site!…

Acabo de achar um ótimo blog dos nossos primos violoncelos, o Violoncelos de Maceió.
Nele, li alguns posts muito interessantes também para nós, contrabaixistas antenados com o mundo das cordas e da Música sem preconceitos.
Vou copiar aqui alguns trechos do post “A Arte da Articulação”, só para dar um gostinho mix de violoncelo com contrabaixo na curiosidade de vocês.
No restante do texto -que não foi postado aqui- o professor de violoncelo Felipe Brandão, escreve sobre como usar antebraço, cotovelo, ombro e o arco inteiro, pontos a serem observados e analisados e tem até esta imagem sobre os pontos de articulação do corpo humano:
“Um assunto particularmente importante para um bom estudo de Violoncelo trata-se das Articulações.
No dicionário, articulação é a junta entre dois ossos ou cartilagem no esqueleto de um vertebrado; também significa o ato ou efeito de articular, ou seja, unir-se, ligar-se, pronunciar uma sílaba ou palavra, ou frase, e “pronunciar” em música consiste em tocar ou cantar uma melodia, ou frase musical.
Como o Violoncelo é um instrumento basicamente melódico a pedagogia violoncelística pelo o estudo da articulação é de vital importância, por isso mesmo que o “Violoncelos de Maceió” levanta esse assunto para discussão.
Primeiramente o que um Violoncelista precisa saber para articular bem é está “solto” ao seu instrumento. Conhecer seus pontos de tensões, se no ombro, se no cotovelo, se no peito ou pescoço, enfim, saber tocar com menos esforço.
Mesmo os Celistas mais “relaxados”, corporalmente falando, precisam ter ciência de seus pontos de tensão.
Após isso, o primeiro exercício a fazer é relax os ombros fazendo movimentos circulares, inspire para suspendê-los e expire quando você deixa cair os ombros, e relaxe, levante o braço e deixe que o próprio peso o faça descer, sempre inspirando e expirando, gire a cabeça suavemente para relaxar o pescoço, sucessivamente respire fundo.
Estes exercícios iniciais nos ajudam a entender melhor como funciona o nosso corpo ao executar certos movimentos no violoncelo posteriormente. (…)”

Para ler o texto todo clique aqui

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